Métodos em Psicologia


        Método introspectivo:


A introspecção consiste em voltar-nos para nós mesmos e analisarmos aquilo que está dentro do nosso espírito, seja um acto praticado, um estado de espírito ou sentimento.
No entanto, o método introspectivo ultrapassa essa introspecção espontânea.
Wilhelm Wundt criou o método introspectivo controlado em que o sujeito é provocado, através de estímulos, e descreve o que sente. Aqui, cabe ao psicólogo anotar e interpretar o que é descrito. O objectivo é analisar a experiência consciente.
Neste método, o sujeito é ao mesmo tempo observado e observador e, por isso, foi um método criticado. Auguste Comte defendia que não podemos sentir e analisar ao mesmo tempo com clareza aquilo que sentimos-“(…) ninguém pode estar à janela para se ver passar na rua”.
No desporto, o atleta terá de olhar para si próprio, sentir o seu corpo para poder dar feedbacks ao treinador. Por exemplo, um atleta que consiga distinguir uma dor de lesão ou apenas uma dor consequente do treino anterior poderá falar com o treinador e delinear outro tipo de treino naquele dia. Existem atletas que não conseguem fazer esta distinção e executam o mesmo treino, provocando uma lesão.
O atleta sente e analisa a tal dor, comunica ao treinador e, posteriormente, cabe ao treinador decidir o que fazer.



         Método experimental:



No método experimental, o psicólogo manipula a experiência. Este método é constituído por três etapas: formulação de hipóteses; experimentação e generalização de registos. O observador manipula um certo factor e observa as consequências de alteração que introduziu na experiência. No fim, observa os resultados consoante as hipóteses que formulou, e verifica a sua veracidade.
Os treinos desportivos são, de certa forma, manipulações na medida em que o treinador adapta um plano de treino específico para o seu atleta esperando que seja um sucesso na performance. Assim, se um determinado treino não estiver a surtir efeito ele poderá fazer alterações até que o êxito seja alcançado.

              Método clínico:


Este método é nada mais que uma serie de procedimentos de diagnóstico e tratamento de pessoas com problema comportamentais. Este procedimento é feito por um psicólogo.
Deste modo, o estudo constitui quatro fases: anamnese (elaborar hipóteses a partir da recolha de informação provinda de fontes externas); entrevista (colocar questões ao paciente para escolher as hipóteses que elaborou); observação (estudar o comportamento do paciente, de modo a confirmar a hipótese seleccionada); testes (realizar testes de personalidade com o objectivo de certificar as conclusões).
Se uma hipótese for confirmada, deduz-se o tratamento a seguir pelo paciente.

           Método psicanalítico:


Este método está relacionado com a vontade de Freud querer conhecer o inconsciente do der humano e, para tal, desenvolveu quatro formas de obter informações: hipnose (colocar o paciente num estado semelhante ao do sono, mas mantendo a comunicação paciente-hipnotizador); interpretação dos sonhos (os sonhos reflectem as nossas ansiedades e medos e, assim, possibilita o psicanalista de confirmar os seus resultados); actos falhados (lapsos de linguagem e escrita, esquecimentos momentâneos); transferência ( o paciente transfere, inconscientemente, para o psicanalista sentimentos para que este consiga detectar as razões desses sentimentos).


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